A onipresença do Fotógrafo.

10/05/2009

Fonte: Escrito por André Corrêa

Abrir nossos olhos para o cotidiano é uma tarefa primordial para quem deseja fotografar, pois muitas vezes as cenas estão acontecendo na nossa frente e precisamos ter a sensibilidade para enxergá-la. Na sua casa, num parque que você sempre vai, no clube, na sua rua, na reunião de amigos e em muitas situações cotidianas existem fotos a serem feitas, você só precisa desvendar seus olhos.Procure observar o mundo com curiosidade, como uma criança que se encanta com pequenas coisas de seu novo mundo. Quando deixamos um bebê engatinhar por um ambiente, ele se move por todo ele, olhando, tocando e às vezes até comendo as coisas, pois é curioso. Com o passar do tempo deixamos de “olhar” a nossa volta, pois tudo já nos é conhecido e é aí que começamos a deixar de observar. Todos os dias fazemos o mesmo caminho, realizamos as mesmas tarefas e acabamos por achar que tudo está igual. Posso lhe garantir que a paisagem mudou, o que não mudou foi o nosso olhar para ela, ou seja, “olhamos, mas não vemos”.
O expectador é curioso, mas ele não deve interferir na cena; procure fotografar as coisas acontecendo, desta forma você conseguirá fotos mais espontâneas, evitando aquelas imagens posadas que tiram a graça de nossas fotos e que não transmitem mensagem alguma. Eventualmente pode ser necessária a interferência do fotógrafo, para uma melhor composição, mas, em geral, não interfira, capture as imagens e seja onipresente.

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